domingo, 23 de dezembro de 2007

Hoje. Um dia igual, mas diferente?
Hoje... Não correu como queria.
Hoje... Acaba de maneira diferente de Ontem... Mas os sentimentos, tudo, mantém-se inalterável.
Hoje queria ter acordado cedo, pelo contrário acordei tarde. (...) Agora reparo que o Hoje de que falo, já é ontem.. mas que se lixe, para mim o dia ainda não acabou.
E que fiz hoje?
Acordei.
Dei banho aos meus cães.
Estampei-me no sofá a ver (mais) um documentário sobre Chernobyl, enquanto engolia um iogurte.
Li todas as letras de músicas dos AvA.
Estive a vaguear pelo Olhares...
E deitei-me até a hora de jantar a ouvir Placebo.
Foi mais um dia simplesmente.
Ás vezes gostava de poder recordar todos os dias da minha vida, porque em cada um deles algo de novo e especial aconteceu.
Talvez seja mesmo só a adolescência...

Já é dia 23 de Dezembro. Estou a dois dias do Natal... E um novo ano está para vir.
A verdade é que fico sempre ansiosa para que chegue, crio expectativas, faço listas de coisas que quero fazer, objectivos a alcançar... E no fim, vou adiando e essa lista vai-se estendendo, até que perde o seu sentido e o que queria já não quero.

Hoje não tenho sonhos, não tenho desejos.
Não ter objectivos leva-me ao meu grande problema do momento: não sei que quero fazer na vida.
As pessoas não percebem e/ou já se fartaram de tal assunto. Mas não saber que profissão quero seguir deixa me completamente de rastos, fazendo me sentir inútil mesmo.
Não sei o que faz com que a minha escolha seja tão complicada. Muito normalmente diria que quero ser astronauta, o sonho de qualquer criança. Diria que queria se médica, talvez uma das coisas que traga mais dinheiro.
Mas não é o dinheiro que me move, não quero ter uma profissão só por ter.
Apenas sei que pouco não me fará sentir uma pessoa realizada. Eu quero é no futuro ao acordar todos os dias ter vontade de ir trabalhar, que isso me traga novos conhecimentos, novas emoções e desafios.
Lembro me que em pequena eu só queria seguir artes, adorava e adoro desenhar... mas comecei a por em questão se seria 'talentosa' ao ponto de viver disso.
Já quis ser arqueóloga, paleontóloga. Já quis ter um antiquário. E estudar história.
Depois tive uma obsessão pela vida militar.
Mas voltei as artes.
E o mais recente foram as ciências.
O que mais queria era ter conhecimento absoluto (impossível eu sei), mas pronto é normal que como Homens queiramos saber de tudo sobre tudo.
Lembro me de uma altura em que pensei que estaria a ficar paranóica, porque isso tomava quase todo o meu pensamento, queria loucamente desenvolver os minhas capacidades mentais e tornar-me mais inteligente. Estava sempre a pensar em novas coisas e perguntar sobre outras. E depois puf. Apercebia-me da minha ignorância. É ridículo... mas foi assim.
Comecei então a interessar me muito pela mente humana. Aprecio tanto a sua complexidade, e o que tanto está para entender. Comecei por querer ser psicóloga, depois psiquiatra e por fim psicanalista.
Pensei muito em que curso escolheria, na altura o que queria era ser psicanalista... mas mesmo assim queria seguir Artes, queria seguir Ciências Sociais e Humanas.
Mas ao mesmo tempo eu pensava que o que me traria maior conhecimento não eram estes dois, pensava que assim estaria a despejar as minha (pseudo)inteligência.
E aqui estou no 10º ano, estudante de Ciências e Tecnologias na área de saúde...
Deixei as Artes e a História para trás. Se fiz bem? Não sei.
Eu nem gosto de saúde, eu nem gosto destas ciências exactas.
E o que desejo saber não é exacto também.
Apenas depois percebi que as interrogações que punha, acerca do ser, da vida, do Homem nada têm de objectivas e nunca terão respostas concretas.
Ah a última coisa que quis foi ir para a Força Aérea. : )
E hoje não tenho ideia de que quero fazer.

Ok, até a mim já me chateia este assunto, faz me ver com sou estúpida e complicada. Como não me conheço.

Acho que escrevo de maneira muito confusa, e sinceramente acho que escrevo mal, mas enfim.

Eu gostava de a falar com alguém neste momento.

E já é tarde... Comecei a escrever isto há uma hora atrás...

Sem comentários: